André Alves de Lima

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Balanço das férias: observações Brasil x Alemanha

Mês passado estive de férias no Brasil com minha família. Dessa vez ficamos pouco tempo, só 10 dias. Porém, foi o bastante para notar algumas diferenças que sentimos entre a vida aqui na Alemanha e aí no Brasil. Achei que esse tema daria um artigo interessante, então, durante a viagem eu resolvi anotar todos esses pontos, que acabou resultando neste comparativo Brasil x Alemanha. Espero que você goste!

Família e amigos

Sem dúvida alguma, o que mais sentimos falta do Brasil é da nossa família e amigos. Quanto à família, eu nem preciso dizer: no final das contas, nossa família é tudo o que temos de verdade nesse mundo.

E os amigos? Não importa o quanto tempo moremos aqui na Alemanha, nunca conseguiremos criar amizades tão fortes quanto às que deixamos para trás no Brasil. Via de regra, as nossas melhores amizades são aquelas que cultivamos anos e anos, desde a nossa infância. Como nós não vivemos a nossa infância aqui, obviamente não conseguimos ter esse tipo de amizade.

Quer dizer que não temos amigos aqui? É claro que temos. Sem dúvida, com o tempo vamos fazendo amizades. Afinal de contas, já moramos há quatro anos aqui. Porém, tenho a impressão que nunca serão amizades tão fortes quanto àquelas que criamos com algumas pessoas da época de colegial ou faculdade.

Comida e água

Agora que já resolvemos o assunto família e amigos, vamos falar de comida!! Não me levem a mal, a comida aqui na Alemanha é boa. Porém, não dá para comparar com a infinita variedade de opções que temos no Brasil. Por exemplo, aí temos frutas de tudo quanto é tipo praticamente todas as épocas do ano. Por aqui você tem que ficar esperto com a época de cada fruta e aproveitar para comer enquanto tem, senão, só no ano que vem. E ainda por cima, a qualidade não chega nem perto do que temos aí no Brasil.

Outra coisa que eu acho interessante no Brasil é que você encontra comida de praticamente todas as culturas. Se você quiser comer comida alemã aí, não é difícil de encontrar. Já aqui, para comer comida brasileira temos que viajar quase duas horas até achar um restaurante brasileiro.

E a água? Vocês não têm noção como a água aqui na Alemanha é uma desgraça. Não é que ela é ruim de gosto, mas, ela é cheia de cálcio. O nome para esse fenômeno é água dura. Ao tomar banho com esse tipo de água, a pele sofre e fica toda ressecada. Além disso, se cai água no chão (ou em qualquer outro lugar) e você não seca, fica tudo branco! Por outro lado, você pode tomar água da torneira aqui sem nenhum problema, diferente da realidade na maior parte das regiões do Brasil.

Ah, uma outra curiosidade sobre a água aqui na Alemanha é que o padrão é água com gás. Então, se você não gostar de água com gás (como eu), é melhor pedir explicitamente água sem gás.

Idioma

Ah, o idioma. Com certeza essa é a maior barreira na integração. Ao contrário do inglês, o alemão é muito, mas muito, mais difícil. A impressão que eu tenho é que não importa o quanto tempo a gente more aqui, vai ser impossível falar alemão 100% correto.

Sempre que eu visito o Brasil eu lembro como faz falta falar o idioma local fluentemente. Apesar de conseguirmos nos comunicar sem maiores problemas aqui na Alemanha (com o nosso alemão “mais ou menos“), sempre bate aquele desespero quando temos que, por exemplo, ligar para algum prestador de serviços. Esses dias mesmo o nosso modem queimou e já foi aquele “frio na barriga” para ligar para o provedor de Internet. E parece que não importa o quanto tempo moremos aqui – sempre vai ser assim.

Alguns tipos de serviços

Normalmente os alemães são bons de serviço. Porém, em alguns quesitos eles deixam a desejar.

Por exemplo, corte de cabelo. Eu costumava ir a um “salão” aqui para cortar o cabelo. Eu sentava na cadeira e, juro para você, em 5 minutos estava pronto. Eles cortavam de qualquer jeito, sem nenhum tipo de acabamento. Além disso, a cada dois meses, mudavam todos os funcionários, ou seja, eu tinha que ficar explicando (com o meu “maravilhoso” alemão, lembra?) como é que eu queria que cortasse o cabelo. Além disso, era caro! 17 euros para 5 minutos de serviço? Tá de brincadeira, né?

Depois de passar por esse ciclo “n” vezes, resolvemos comprar uma maquininha de cortar cabelo e uma tesoura de cabeleireiro. Gastamos uns 30 euros no total, assistimos uns tutoriais no Youtube e agora minha esposa é quem corta o meu cabelo. E não é que fica melhor do que quando eu pagava para cortar no “salão“?

Outra coisa que fiquei impressionado quando voltamos para cá depois dessa viagem é que fomos pedir comida em um restaurante e eles simplesmente falaram que não entregavam mais (tinha que ir buscar). Vocês não têm ideia. Aqui na cidade onde eu moro deve ter uns 15 restaurantes no total. Só dois deles faziam entrega (todos os outros você tem que pedir e ir lá buscar). Agora só UM faz entrega.

Música

Apesar de eu não gostar de diversos tipos de músicas brasileiras, tenho que admitir que o brasileiro tem um gingado muito mais bacana na hora de compor músicas. As rádios aqui tocam 95% do tempo músicas em inglês, e os outros 5% do tempo em que tocam músicas em alemão, elas deixam a desejar. A variedade de gêneros musicais no Brasil é incomparável à daqui. A não ser, é claro, que você goste de música clássica. Aí não tem nem o que falar dos alemães, já que eles dominam esse espaço.

Semáforos (sinal de trânsito)

Uma coisa que eu simplesmente não entendo aqui é que os semáforos ficam do lado da rua junto à faixa de pedestre. Ou seja, se você é o primeiro da fila parado no semáforo, tem que ficar olhando pela janela lateral do carro para ver se o sinal já abriu (ou ficar fazendo um malabarismo para enxergar o farol pelo para-brisa). No Brasil (pelo menos no estado de São Paulo), os semáforos ficam do outro lado do cruzamento. Muito mais fácil e enxergar, não é mesmo? Vai entender.

Trânsito

Agora que já falamos dos semáforos, vamos falar do trânsito. E que trânsito aí no Brasil, hein? Apesar de ter ficado em uma cidade do interior de São Paulo (Limeira), todo o santo dia tinha congestionamento em alguns locais no início da manhã e no final da tarde. Nem imagino o inferno que deve ser morar em São Paulo (capital) e ter que pegar trânsito todo dia para ir e voltar do trabalho.

Aqui também tem trânsito nas cidades maiores, mas, não nas mesmas proporções que temos no Brasil.

Asfalto e valetas

Calibrar o pneu aqui é coisa que você faz duas vezes ao ano: quando você troca do pneu de verão para o pneu de inverno e quando você volta para o pneu de verão. Raramente você encontra buracos no asfalto aqui e, quando encontra, logo vem alguém remendar. E é aí que está a grande diferença: os remendos aqui são feitos direito (e não porcamente como no Brasil, onde eles deixam um “calombo” no remendo – até parece que é de propósito para quebrar de novo e eles terem que tapar o buraco mais uma vez). Para entender o que estou falando, dê uma olhada neste vídeo sobre os remendos nas estradas no Canadá, que são feitos exatamente do mesmo jeito que fazem aqui:

Acorda Brasil! Buraco na estrada, no Canadá

E as “valetas“? Preste atenção, toda esquina no Brasil tem aquela valeta para escoar a água quando chove. E o pior de tudo é que não adianta porcaria nenhuma essas malditas valetas, porque as cidades alagam do mesmo jeito! Aqui, não sei como eles fazem, mas, não tem valetas nas esquinas. E olha que tem época que “cai o mundo” aqui com a chuva e, não sei como, mas a água escoa normalmente.

Pensar que está sendo sequestrado pelo taxista?

Todas as outras vezes que fomos ao Brasil, algum familiar nosso foi nos buscar no aeroporto no mesmo dia. Porém, dessa vez chegamos em São Paulo na sexta-feira à noite antes do feriado de Finados. Lembra que eu falei do trânsito logo ali em cima? Pois é, fizemos uns cálculos e imaginamos que não seria uma opção muito inteligente tentar ir para Limeira naquele dia. Resolvemos dormir em algum hotel ali perto do aeroporto mesmo e viajar adiante somente na manhã de sábado.

Para escolhermos o hotel, primeiro tínhamos feito uma reserva em um hotel dentro do aeroporto (que acabamos cancelando depois – mais sobre essa história na categoria “mercenário por todo lado” logo mais abaixo). Depois, como essa reserva acabou dando errado, demos uma olhada qual seria o hotel mais próximo ali do aeroporto (que não cobrasse os olhos da cara) e fizemos a reserva.

Pelo que eu tinha visto no Google Maps, o hotel era praticamente três quarteirões do aeroporto. Então, chegando em São Paulo, pegamos um taxi para ir ao hotel. E o taxista roda, roda, roda. Chegou uma hora que tanto eu quanto a minha esposa pensamos que o taxista estivesse nos sequestrando.

No final das contas, felizmente ele acabou chegando no hotel. Não sei porque ele deu tanta volta, uma vez que o valor da corrida tinha sido pré-definido. Mas, que desgraça viver com esse sentimento de insegurança, não?

Qualidade do ar

Eu tenho rinite alérgica. Desde criança eu fiz diversos tratamentos no Brasil para amenizar os efeitos. E, vou te falar, como eu sofria no Brasil com o meu nariz. Incrivelmente, pouco tempo depois de mudar para cá, meu nariz simplesmente melhorou 100%. Eu fico meses e meses sem ter que usar nenhum remédio para a alergia. Isso era inimaginável quando morávamos no Brasil – eu tinha que sempre sair com o remédio, porque a qualquer hora podia dar uma crise.

E não é que toda vez que vamos ao Brasil a minha alergia ataca com força total? Não sei porque, mas, alguma coisa no ar daí não me faz bem. Meu cunhado chegou a sugerir que o motivo é que o ar daí é mais húmido. Não sei, só sei que foi só voltar para cá que, em um dia, tudo voltou ao normal. E dessa vez não foi só eu quem sofri – minha esposa e filha também ficaram com o nariz bem ruim enquanto estivemos no Brasil.

Proteção para não roubar as rodas do carro?

Meus pais trocaram de carro esse ano. Um belo dia, abri o porta-luvas do carro novo e encontrei uma caixa dessas “porcas anti-furto” que veio junto com o carro. Sério que a situação está assim aí no Brasil? Você deixa seu carro estacionado e quando volta ele está sem as rodas?? Caramba, por essa eu não esperava.

Desrespeito com som alto

Como de costume, ficamos hospedados na casa da minha mãe. A casa dela é bem bacana e, além disso, está com a nossa cama da época que morávamos no Brasil e também tem um berço pra Sophie. Porém, desde quando eu morava lá, os vizinhos eram bem barulhentos. De um lado, o rádio fica ligado tocando música o dia todo. Do outro, tem uma república de estudantes. Então, pode ter certeza que silêncio não é algo comum por lá.

Se fosse só por mim, até que eu não me importaria. Afinal, quando eu morava lá e tinha barulho desse tipo, eu simplesmente ia dormir na sala e o problema estava resolvido. Porém, com criança pequena, o negócio muda completamente. A Sophie (minha filha) está acostumada ao silêncio quase absoluto da Alemanha, então, qualquer barulhinho ela acorda. Nem preciso falar mais nada, não é mesmo?

Eu só tenho que dizer que, infelizmente, quando eu era pequeno, eu também fazia muito barulho por lá. Eu colocava música alta para tocar direto, eu tocava violão e contrabaixo num volume nada aceitável, entre outras coisas. Pensando hoje em dia na quantidade de barulho que eu fiz ali quando era pequeno, chego à conclusão que meus pais nunca deveriam ter deixado. Mas, fazer o que, esse negócio de barulho e som alto no Brasil é algo que está aparentemente enraizado no nosso DNA.

Mercenário por todo lado

Essa é a seção mais interessante desse artigo. Em apenas 10 dias, quase fomos enganados duas vezes. Além disso, ouvimos uma história de um amigo nosso que também ficamos chocados. Chegamos à conclusão que no Brasil tem mercenário para todo lado, veja só.

Pormenores do hotel

Primeiro, mesmo antes de sair de casa, quase caímos em um golpe de um dos hotéis que ficam dentro do aeroporto de Guarulhos. Logo que compramos as nossas passagens, resolvemos reservar um hotel para ficarmos de sexta para sábado. Como eu falei anteriormente, a nossa chegada era na sexta-feira à noite e não queríamos cometer suicídio de tentar passar pela marginal na sexta-feira à noite, véspera de feriado prolongado.

Procurando por hotéis perto do aeroporto, vimos pelo site do Booking.com que tinha um hotel dentro do próprio aeroporto. Vimos o preço, pesamos o custo/benefício e acabamos reservando um quarto nesse hotel mesmo. Um dia antes de sairmos de casa, estávamos arrumando nossos documentos, imprimimos a nossa reserva do hotel e a minha esposa estava em dúvida aonde exatamente seria esse hotel dentro do aeroporto.

Entrando no site do hotel, ficamos espantados. Logo de cara, nas “regras de hospedagem“, vimos que só é possível se hospedar nesse hotel caso você esteja em conexão nacional ou internacional no terminal 2 ou 3 (que não era o nosso caso, já que não tínhamos conexão). Ou seja, no nosso caso nós não poderíamos nos hospedar lá! Depois desse susto, fomos no site do Booking procurar se essa informação também estava escrita lá. E, depois de procurar um pouco, achamos na seção “pormenores” (mais conhecida como letrinhas miúdas) essa mesma informação.

Por sorte, ainda tínhamos 8 horas para cancelar a reserva sem custos, então, cancelamos e reservamos em outro hotel fora do aeroporto. Agora eu fico pensando. Imagina um gringo que não se atentou para esse pequeno detalhe (que só está lá no final da página do Booking). Chega lá no aeroporto, sem falar português e não entendendo o porquê que ele não consegue ter acesso ao hotel que ele reservou? Por que não colocam a porcaria dessa informação bem no começo do texto do Booking (como fizeram no site oficial) ou pelo menos no documento de confirmação da reserva? Certamente para enganar as pessoas e conseguir dinheiro fácil.

Claro assinando pacotes novos por mim

O segundo “causo” dessa categoria aconteceu com a operadora de celular “Claro“. Chegando no Brasil conseguimos um “chip” da Claro e ativei o pacote de Internet 3G para conseguir usar a Internet do celular enquanto estivéssemos no Brasil. Logo depois de ativar o pacote, começou a chuva de SMSs da Claro tentando vender outros pacotes. Com isso eu não me espantei, uma vez que eu já estava acostumado com esse tipo de SMS da época que morávamos no Brasil. Porém, teve um SMS especificamente que me tirou do sério, veja só:

Ou seja, a Claro simplesmente falou que estava ativando um pacote extra e que se eu quisesse, tinha que cancelar? Mas que po*&@ é essa?? Como assim? Mais uma vez, imagina um gringo que não entende nada de português recebendo esse tipo de mensagem? Sem dúvida vai acabar pagando por coisa que ele nem sabe que está pagando. Lamentável esse comportamento da Claro. Não sabia que estavam pegando tão pesado assim.

Em contrapartida, a minha operadora de celular aqui na Alemanha só me envia SMS quando saio do país (informando os valores das ligações que forem feitas a partir desse outro país) e quando a cota do meu plano de dados está acabando.

Filmagem de parto? Só com a equipe autorizada

Um casal de amigos nossos teve filhas e nós fomos visita-los. Quando eles estavam contando como foi o parto, ouvimos uma história curiosa: só era permitido entrar uma pessoa junto na hora do parto. Até aí tudo bem, agora é que vem a parte interessante. Se você quiser que um fotógrafo tire fotos ou grave cenas do parto, o pai não pode estar junto na hora do parto (afinal, só pode uma pessoa junto). Porém, se você quiser que o fotógrafo parceiro do hospital faça as fotos, aí tudo bem, pode entrar duas pessoas.

Tá de sacanagem, né? Se for o fotógrafo parceiro do hospital, aí pode entrar duas pessoas? Mas que falta de vergonha na cara. Será que o fotógrafo está pagando uma comissãozinha para o hospital?

Compras parceladas

Você foi ao supermercado e gastou, digamos, R$80,00? Sem problema. Na hora de pagar no cartão, a caixa vai perguntar para você se você quer dividir em até três vezes. Dividir em três vezes uma compra de R$80,00 no supermercado? Aliás, é assim em todo lugar. Qualquer tipo de loja, mercado, padaria. Quer dividir?

Como é que a galera consegue controlar o quanto de dinheiro que ainda tem para gastar quando dá para dividir R$80,00 em três vezes no cartão?

Se você está pensando em passar férias (ou morar) aqui na Europa, esqueça esse negócio de dividir as coisas no cartão. Aqui só se paga parcelado coisas grandes, como móveis, eletrodomésticos caros, carros e imóveis. Do resto, é só a vista.

E, finalmente, os bancos

Ah, os bancos. Dos lugares que eu fui nessas férias no Brasil, se você somar as horas gastas, com certeza os bancos estarão no topo do ranking.

Primeiro eu tinha que cadastrar a porcaria do aplicativo do Itaú no celular, já que eles resolveram extinguir o token que eu tanto gostava. Depois, resolvi mais algumas outras coisas com a minha conta no Itaú.

Então, para fechar com chave de ouro, resolvi ir até a Caixa Econômica Federal para sacar o meu FGTS. Como já comentei, faz quatro anos que eu moro aqui, ou seja, já estou há mais de três anos fora do sistema FGTS. Dessa forma, eu tenho direito de sacar todo o FGTS que estava restante na minha conta. Na verdade, depois de três anos fora do FGTS, você já pode sacar também, desde que já tenha passado a data do seu aniversário.

Sabendo de todas essas regras, eu tinha certeza que eu tinha direito de sacar o FGTS, então, lá vou eu para o banco mais uma vez. Chegando lá, depois de esperar uma eternidade para ser atendido (mais de uma hora), a moça vem me falar que eu não tenho direito de sacar o FGTS porque não passou a data do meu aniversário. Tento explicar para ela que não fazem três, mas sim, quatro anos que eu estou fora do FGTS. Depois de muito custo e depois de ela ter que confirmar com uma amiga mais experiente, liberaram o meu FGTS.

Porém, o dinheiro só seria realmente liberado depois de três dias úteis e eu teria que voltar lá para transferi-lo para outro banco. Como eu não estaria mais no Brasil em três dias úteis, a alternativa seria abrir uma conta poupança na Caixa com um segundo titular que também pudesse fazer movimentações da conta. Escolhi meu pai como segundo titular, voltei com ele ao banco, esperamos mais outra eternidade e fomos atendidos. Depois de outros problemas (o comprovante de residência tinha que ser dos últimos dois meses e o meu comprovante de residência era de três meses atrás), finalmente, consegui resolver essa questão.

Qual foi o tempo total gasto nessa brincadeira? Cheguei no banco era umas 12:45 e saímos de lá 15:45. Fico pensando como os trabalhadores conseguem resolver coisas no banco. Tem que tirar dia de folga?

No banco aqui (pelo menos na região onde eu moro), raramente tem fila. Quando tem, é no máximo umas duas pessoas na sua frente. Não tem aquelas malditas portas com detector de metais e, quando você vai fazer algo mais complexo (abrir uma conta, contratar um seguro, conversar sobre opções de investimentos, etc), você agenda uma hora com o gerente. Dessa forma ninguém perde tempo.

Concluindo

Esse post não foi para falar bem ou mal do Brasil ou da Alemanha, mas sim, para listar algumas das diferenças que eu notei nessa minha última viagem. Muita gente tem curiosidade sobre esse tipo de coisa, então, espero que você tenha aproveitado esse relato para alguma coisa (nem que for para se divertir). Para mais posts sobre a Alemanha, confira a categoria “Alemanha” aqui do meu site.

Até a próxima!

André Lima

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7 thoughts on “Balanço das férias: observações Brasil x Alemanha

  • E aê, André!
    Sim, o trânsito em SP é caótico!
    Sim, operadoras de celular são fdp’s!
    Sim, grande parte dos brasileiros querem ganhar algo em cima de algm a qlq custo!
    :(

    • andrealveslima disse:

      Fala Wennder, valeu pelo comentário!

      Mas que porcaria, hein! Viver nessa “selva” não é fácil não.. Será que um dia vai melhorar ou só vai continuar piorando? :(

      Abraço!
      André Lima

  • Alessandra disse:

    Olá André,
    Ótimo post. Eu planejo sair do Brasil nos próximos 5 anos e a Alemanha é uma das minhas opções. Gostaria de saber se aí as pessoas são educadas em todo lugar, isto é, se os vizinhos são sempre silenciosos e discretos (não falam alto, não batem porta, não tocam música alta, no geral, não incomodam ninguém). E é possível viver bem pelo menos no primeiro ano falando só inglês? Ainda vou demorar uns 2 anos para conseguir me comunicar razoávelmente em alemão, acho que só vou me comunicar bem mesmo depois de um tempo morando no país.

    E aí é fácil encontrar comida natural e fresca, tipo vegetais e peixes frescos, igual no Brasil?

    • andrealveslima disse:

      Olá Alessandra, obrigado pelo comentário!

      Respondendo à sua pergunta sobre educação, eu particularmente nunca tive nenhuma experiência com pessoas mal educadas aqui.. O que tem bastante é atendente mal humorado, mas, de qualquer forma eles nunca faltam com educação..

      Os vizinhos (pelo menos os meus) nem sempre são silenciosos e discretos.. Às vezes, quando algum deles faz festa, o barulho acaba excedendo o normal.. Mas, como o volume de festas é tão baixo, não tem stress (acontece tipo, uma ou duas vezes por ano).. E a gente também não pode reclamar porque também fazemos festa às vezes e o barulho passa do normal..

      De qualquer forma, eles são super sensatos.. No meu prédio, por exemplo, a vizinha do térreo estava brava porque a porta de entrada do prédio estava fazendo muito barulho (porque o pessoal batia ao invés de fechar).. Foi só colocar um aviso na porta de entrada e pronto, ninguém mais bate a porta do prédio.. Simples assim..

      Quanto ao inglês, sem dúvida dá pra se virar sem falar alemão.. Eu mesmo vim para cá sem falar praticamente nada.. No trabalho eu ainda só me comunico praticamente em inglês (porque o pessoal acostumou e fica mais fácil de explicar coisas técnicas)..

      E comida, dá pra encontrar bastante coisa, mas, pode esquecer porque você não vai conseguir encontrar a variedade que você encontra aí no Brasil, principalmente de frutas e vegetais.. Sobretudo se você morar em alguma cidade menor (como eu).. Se for em cidades maiores como Berlin, Munique, Stuttgart, Hamburg, aí você vai encontrar praticamente de tudo..

      É isso.. Boa sorte aí no seu processo..

      Abraço!
      André Lima

  • Alessandra disse:

    Oi André,
    Obrigada pela resposta. Tenho que pesquisar e planejar muito ainda sobre esses detalhes. Sensato é a palavra certa para expressar o que eu gostaria: de viver em um lugar onde as coisas funcionem e as pessoas sejam sensatas, sem que tenham que incomodar ou passar por cima dos outros para usufruir dos seus próprios direitos.
    Um ótimo ano para você e que continue tendo muito sucesso por aí!

    • andrealveslima disse:

      Obrigado Alessandra! Um ótimo ano para você e sua família e muito sucesso para vocês também! Qualquer outra dúvida, entre em contato novamente..

      Abraço!
      André Lima

  • […] Esse ano, excepcionalmente, fizemos duas férias grandes: viajamos para a Itália em maio e para o Brasil em novembro. Aproveitando esse espírito de férias, resolvi escrever relatos de como foram as nossas viagens. […]

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