11 09 2010
Minha opinião sobre o LightSwitch…
Pessoal, saudações!
Muito se tem falado sobre o LightSwitch, edição nova do Visual Studio 2010 que está sendo preparada pela Microsoft, atualmente na fase Beta 1. Alguns amaram, outros odiaram, outros preferem não opinar.
Então, no meio desse burburinho, resolvi registrar minha opinião neste post. Como vocês devem ter notado pelos últimos posts que fiz aqui no blog, eu gostei bastante do LightSwitch. Tenho testado a ferramenta desde quando a versão Beta 1 foi liberada para assinantes do MSDN (alguns dias antes do lançamento público, liberado no último 23 de Agosto) e tenho acompanhado todos os posts no fórum oficial do LightSwitch Beta 1 na MSDN americana.
OK, que eu gostei da ferramenta vocês já sabiam, mas, e aí? E as várias pessoas que não gostaram ou ficaram com um pé atrás?
Bom, o principal argumento é que uma ferramenta como essa possibilita que qualquer pessoa que tenha o mínimo do mínimo de noção sobre estruturação de dados (tabelas, campos, relacionamentos, etc.) saia fazendo aplicações em 30 minutos para vender por aí a preço de banana – concorrência desleal. Depois, se esse sistema que foi feito em pouco tempo utilizando LightSwitch um dia precisar crescer e o cliente resolver chamar-nos para fazer essa manutenção, provavelmente vamos penar.
É fato que isso acontece e, provavelmente com a vinda do LightSwitch, a quantidade desses sistemas desenvolvidos por pessoas que não são qualificadas vai aumentar.
Mas, será que isso é mesmo ruim?
Sério mesmo, considerando as aplicações desse tipo (desenvolvidas por pessoas não totalmente qualificadas), eu gostaria muito mais de dar manutenção em uma aplicação desenvolvida com o LightSwitch do que uma em que esse tipo de desenvolvedor sentou na frente do computador e saiu escrevendo código macarrônico – vocês sabem, esse tipo de código existe de monte por aí. Com o LightSwitch, a quantidade de lugares em que esse tipo de programador pode “avacalhar” é reduzida. A parte de persistência de dados, estilos de telas, controles padrões, etc. é toda feita pela engine do LightSwitch, ou seja, a chance desse programador implementar algo muito ruim / absurdo é menor.
Eu acompanho bastante os fóruns da MSDN e, sem exagero, pelo menos uma vez por dia pinta alguém que posta um código que utiliza ADO.NET e não faz uso de parâmetros, mas sim, sai concatenando os valores no comando SQL! Esse tipo de código tem aos montes por aí e eu acho que uma ferramenta como o LightSwitch só vai contribuir para reduzir esse tipo de código!
Muitos de vocês já devem ter visto aquele post em um fórum de Java em que o programador estava desenvolvendo um software para uma padaria e estava querendo fazer uma classe para cada comanda! Fala aí, você preferiria dar manutenção em uma aplicação LightSwitch ou na aplicação desenvolvida por esse carinha?
Não adianta, o carinha da padaria que vai comprar o sistema desse “programador” nunca compraria um sistema nosso. Ele prefere pagar barato por um sisteminha pior do que pagar um pouco mais caro por um sistema mais estruturado. E, o pior, no Brasil esse tipo de programador que sai escrevendo código sem ter qualificação, sem planejar, etc. sempre vai existir. Melhor então dar uma ferramenta pra eles que reduza a chance de eles escreverem código ruim!
Além disso, ainda não comentei sobre as vantagens reais do LightSwitch. É claro que você não vai desenvolver um ERP ou outro sistema de grande porte utilizando LightSwitch, mas, para sistemas pequenos que vão rodar internamente na sua empresa, por quê não utilizar o LightSwitch para desenvolvê-los? E por quê não um sistema de pequeno porte para um cliente? E na prototipação nos sistemas mais complexos, para validar a estrutura de tabelas do sistema real antes de desenvolvê-lo? E por aí vai…
Enfim, como vocês perceberam, na minha opinião, o LightSwitch só vem trazer benefícios pra todo mundo! Não vejo a hora da ferramenta estabilizar pra eu desenvolver os sisteminhas internos que eu nunca tive tempo de parar pra desenvolver. E vocês, o que acham?
Até a próxima!
André Alves de Lima.
Microsoft Visual Studio 2010 LightSwitch: Abrindo uma URL via código Chegando ao Microsoft MVP
André gostei muito da sua visão, e concordo plenamente com você.
Estou estudando mais profundamente o desenvolvimento com .net agora, tenho uma experiencia de 2 anos com .net e de 3 anos com genexus (não sei se você conhece mais é uma ferramenta RAD que gera em varias linguagens incluindo .net).
Bom após minha jornada de 3 anos com genexus obtive uma boa analise de requisitos e pude ver de perto a necessidade do usuario, aprendi tambem a pensar facil e programar pouco, porem tive muitos problemas com a parte de customização de aplicações, colocar componentes novos e afins, coisa que gerou um grande transtorno. Enfim quando vi o LightSwitch da primeira vez já confrontei com o preconceito, mais depois de ler seu post minha mente abriu para este tipo de desenvolvimento. Afinal já faz tempo que tenho pequenos sistemas para desenvolver e nem consigo pensar neles.
Conheci seu trabalho hoje atravéz dos videos de WPF na comunidade MSDN inclusive gostaria de dizer que o video “Gerenciamento de Dados na User Interface no WPF – Parte 6: Data Templates” esta fora do ar, e já li varios posts seus.
Excelente trabalho.
Muito obrigado pelo seu tempo e dedicação, sem vocês nós desenvolvedores juniors ficariamos engatinhando por anos…
Rafael,
Muito obrigado pelo comentário! Comentários desse tipo são os grandes motivadores para que eu continue contribuindo cada dia mais com a comunidade!
O 6o vídeo está fora do ar porque ocorreu um equívoco no envio do vídeo para a Microsoft… Na correria tinha enviado a versão não editada do vídeo… Na semana retrasada enviei a versão editada corretamente e em breve o vídeo será publicado novamente…
Abraço e bom final de semana!
André Alves de Lima